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DESEMPREGO SOBE PARA 7% EM MARÇO, MENOR DA SÉRIE HISTÓRICA PARA O MÊS
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no trimestre encerrado em março, em linha com o esperado pelos analistas, após registrar 6,8% nos três meses até fevereiro. Já em comparação com o trimestre encerrado em dezembro, a alta foi de 0,8%. Esse é o menor número para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, e foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE.
Mesmo com a inflação acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), o rendimento médio das famílias alcançou mais uma vez o maior patamar da série histórica, após já ter registrado recorde em fevereiro, chegando a R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na comparação anual.
Nos últimos meses, especialistas vêm alertando que se espera uma desaceleração no mercado de trabalho ao longo deste ano, em parte devido à atuação da política de juros do BC. Após fechar 2024 com patamar recorde de desocupação, o desemprego subiu nos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a alta do desemprego pode ser explicada por um aumento do número de pessoas em busca de trabalho, que cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em dezembro, somando mais 891 mil pessoas. A população ocupada do país reduziu 1,3%, ou seja, menos 1,3 milhão de pessoas na comparação trimestral. No entanto, a pesquisadora destaca que a atividade econômica continua aquecida.
"O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, explicou Beringuy.
O número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em dezembro, permanecendo em 39,4 milhões. Já os empregados sem carteira no setor privado caiu 5,3%: foram menos 751 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em dezembro.
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Por o globo